domingo, 24 de janeiro de 2010

Esses amigos...

São Paulo, 17 de maio de 2009.

Ontem eu tive um sonho preocupante. E veja que meus sonhos são quase reais. Sonhei com uma amiga que não vejo e não falo há mais de dois anos. Sou madrinha de casamento dela e também é uma amiga da época de escola, dos meus 16 anos. Sonhei então que Patrícia tinha se separado e que já era mãe! Na verdade, o sonho espelha a minha preocupação em contatá-la e saber de uma dessas “novidades”. À noite, tomei vergonha, e liguei para ela. Parecia que a gente tinha se falado há uma semana. E não havia nenhuma das novidades.

Outro dia li uma algo que dizia que enquanto os dias demoram em acabar, os anos passam voando. É verdade. Como é difícil tomar a noção temporal da passagem de um ano. E de dois ou cinco ou dez anos. Na escala do ano, tudo é muito difícil de perceber, de notar diferenças. Pelo menos para mim. E quando se trata de amigos distantes, parece que fica ainda mais notório. Mas não tome esta afirmação como desculpa para procurar seus amigos a cada dois anos! Falo por experiência própria.

Outro dia, no Orkut, achei uma “coleguinha” minha de infância, da época do primário do colégio IACI, em Brás de Pina. Viviane era uma menina lá do bairro, humilde, vivia com a sua avó, mas, assim como eu, teve a sorte de estudar em um colégio particular. E pelo Orkut, então, vi que ela já havia casado, separado e tinha uma menina. E ficamos pelo Orkut mesmo. Uma ou outra conversa no MSN e mais nada. E assim somos, pelo menos eu sou, com a maioria dos amigos que reencontro por lá. Fico pensando que valeria muito á pena reencontrá-la. Nesse mundo onde as novas amizades que surgem são sempre duvidosas, nada como resgatar aquelas das quais sabemos (ou pelo menos, sabíamos) que são de verdade.

E assim eu posso listar aqui uma dezena ou mais desses amigos que vão se perdendo, e dos quais a maioria não está no meu Orkut – como a Patrícia. E, os que estão no Orkut, parecem que estão fadados ao esquecimento total, é quase um carimbo de “nos conhecíamos e não nos conhecemos mais!”. Talvez se a Patrícia estivesse no meu Orkut, eu não ligaria para ela naquela noite. E não preciso aqui dizer a enorme diferença que tem em deixar um scrap e ouvir a voz daquele amigo. Incomparável.

Por isso, hoje, domingo, eu tomo a decisão de ligar para os meus amigos nos aniversários e quando bem entender também. E de fazer um esforço para revê-los para reavivar a amizade. Não somos nada sem amigos, próximos ou distantes, ao vivo ou pelo telefone, nada paga o preço de uma boa amizade. Talvez eu tenha amanhecido um pouco mais nostálgica hoje, mas que sirva para que não mais os anos passem voando, quando se fala de amigos.

Só para deixar registrados os amigos que estão por aí e não estão meu Orkut (e acredite: não estar no Orkut é um bom sinal!): Renatinha, também do IACI; Morgana, do N. S. das Graças; Néia, de Penha Longa; Silvinha, do ABC do Pezinho; Kátia, do Penha Shopping e outros mais...

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